Coach Marco Gomes - Life and Positive Coaching

Sessão de coaching de Paul McCartney!

O ano é 1970. Os Beatles acabam de tornar público o fim da banda. Paul McCartney, apesar de jovem, rico, famoso e talentoso, fica desconcertado com a separação, e experimenta momentos de incerteza em relação à sua carreira desse momento em diante. Após conversar com amigos, decide fazer coaching, e contrata renomado profissional inglês.

Após os acordos iniciais entre o profissional e seu famoso cliente, o coach pergunta:

– Paul, o que leva você a acreditar que as coisas podem não ir tão bem daqui em diante na sua carreira?

– Éramos excelentes juntos; completávamo-nos. Em algumas discussões, em especial com John, questionávamos o talento isolado de cada um. E agora é real; não estamos mais juntos!

– Me diga Paul, lembre-se de um grande feito seu durante a maravilhosa trajetória até aqui, do qual tenhas grande orgulho pela tua ação.

– Bem, lembro com entusiasmo da gravação da canção Oh Darling. Desejávamos que a voz parecesse a de alguém que estivesse há uma semana cantando ao vivo. Fui durante vários dias ao estúdio de madrugada, sozinho, para conseguir essa característica. E consegui!

– Muito bom Paul! E qual foi o aprendizado, e que pode ser utilizado na construção do futuro?

– Acredito que tenha sido a minha persistência e consistência em buscar o atingimento do nível de excelência que era pretendido.

– Ok Paul. Fale-me agora o que espera do futuro. Ou melhor, declare como você quer estar daqui a 40 ou 50 anos.

– Deixe-me pensar…Sim, eu sei o que quero! Espero estar fazendo um show, em estádio de futebol, lotado, performando um rock and roll igual ou melhor ao modo que faço hoje, e em um país distante de casa.

– Ótimo Paul! Mas você sabe que estará com uma idade mais avançada, um senhor. É possível pensar em atuar com algum estilo musical “mais leve”?

– De forma alguma. Serei fiel ao rock!

– Certo. Vamos rascunhar algumas linhas do que será o teu plano de ação para atingir esse resultado. Me diga Paul, o que é preciso fazer, a partir de agora?

– Bem, penso que primeiramente preciso manter-me firme nos ensaios e na busca constante de melhorar a mim mesmo a cada dia, com foco total na excelência. Entendo que preciso formar boas parcerias, com novos músicos, produtores. Ah, devo cuidar muito da minha saúde, afinal estarei perto dos meus 70! Tenho que honrar e respeitar a minha história até aqui, e aproveitar todos os momentos possíveis para ser grato, e homenagear meus antigos parceiros. Sim, sim…por fim, penso que terei que aprender outras línguas, para minimamente comunicar-me com o público.

– Ok Paul! Todos os recursos que você precisa estão contigo. Vá em frente!

O ano é 2017. Estádio Beira-Rio em Porto Alegre/RS/Brasil. São 21:00, e meu coração está disparado pelo fato de aproximar-se o momento de ver de perto meu ídolo.

As luzes do palco são acesas, e lá está ele. Um gigante do rock, diante de um estádio lotado. Canta e toca diversos instrumentos pelas próximas três horas, encantando a todos. As melodias, letras, acordes, são iguais ou melhores às dos velhos discos e cd´s.

Diante de mim e de outros milhares lá está Paul McCartney, saudável, cercado de excepcionais parceiros de palco, preciso em todos os detalhes, homenageando seus antigos e novos amigos.

E, ao ouvir a performance do público entoando o “Na, na, na, ná” de Hey Jude, Paul não resiste e solta um “Bah, Tri Legal”!

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